O mercado global de café está em polvorosa. Os preços dos futuros de café arábica dispararam quase 35% neste mês, a maior alta mensal desde 2014, e a indústria já se prepara para reajustar os valores para os consumidores nos Estados Unidos. O
fenômeno, apelidado de “tarifaço”, é resultado de uma combinação de fatores climáticos, geopolíticos e econômicos que afetam a produção e a distribuição do grão.
Causas da Disparada de Preços
A seca prolongada em importantes regiões produtoras, como o Brasil, principal exportador de café arábica, e as geadas inesperadas em outras áreas, têm impactado diretamente a oferta. Além disso, problemas logísticos e o aumento dos custos de transporte contribuem para a escalada dos preços.
A demanda, por sua vez, continua aquecida, especialmente em mercados consumidores como os EUA e a Europa, o que agrava o desequilíbrio entre oferta e procura.
Impacto na Indústria e Consumidores
A indústria de café nos Estados Unidos já sente o impacto do tarifaço. Grandes torrefadoras e redes de cafeterias estão revendo seus custos e se preparando para repassar o aumento aos consumidores.
Para o consumidor final, isso significa um café mais caro na prateleira do supermercado e nas cafeterias. A situação, já derruba exportações, e empresas reagem, o que demonstra a amplitude do problema.
Cenário Global e Perspectivas
O cenário global do café é de incerteza. Especialistas preveem que os preços devem se manter elevados no curto e médio prazo, até que a oferta se normalize e os estoques sejam recompostos. A situação pode levar a uma reconfiguração do mercado, com produtores buscando novas estratégias para lidar com as mudanças climáticas e os desafios logísticos. Para os consumidores, a dica é pesquisar e comparar preços, e talvez, reduzir um pouco o consumo do cafezinho diário.









